A má gestão da área de embalagens na empresa pode estar causando grandes perdas financeiras.
Este post foi postado originalmente no site Top de Embalagem em 2017
Nesta primeira parte vou falar um pouco como a estrutura de pequenas e médias empresas influenciam nos custos das embalagens.
Isto não impedirá que se realize um bom Projeto de Redução de Custos em Embalagem, mas corre-se o risco de, em poucos meses, todos os ganhos obtidos se perderem.
O gestor da empresa deve, no mínimo, estar consciente desta situação.
Nos diversos trabalhos que realizei, algumas frases que ouvi são recorrentes:
– “A embalagem é um mal necessário …”
– “Por que temos tantas perdas com embalagem?”
– “Como reduzir os custos das minhas embalagens?”
Analisando as empresas, uma conclusão me veio: essas perguntas continuarão frequentes nos meios empresariais e a maioria, das pequenas e médias empresas, continuará tendo perdas significativas com custos diretos e indiretos relacionados à embalagem.
É frequente visitar uma empresa e de cara perceber um potencial de redução de custos de no mínimo 20 a 30%. E isto nem sempre está ligado à falta de um profissional para desenvolver as embalagens, e sim na forma com estas são encaradas dentro da companhia.
O desenvolvimento e administração das embalagens envolvem várias áreas, desde a confecção da mesma até sua exposição no Ponto de Vendas. Isto é, sofre uma série de influências internas e externas, dos desejos de marketing e produção até restrições legais por parte dos governos.
E aqui está o pulo do gato! É óbvio, portanto, que a embalagem seja focada de forma sistêmica, isto é, devemos analisar as influências que uma determinada ação terá em cada uma das áreas envolvidas no assunto.
Infelizmente não é o que ocorre.
Para exemplificar melhor, cito uma fábula muçulmana extraída do livro A Quinta Disciplina de Peter Senge: Três homens cegos encontraram um elefante. “É uma coisa grande e áspera, larga e ampla, como um tapete”, disse o primeiro, segurando uma das orelhas. O segundo, segurando a tromba, disse: “Eu sei o que é isso: é um tubo reto e oco”. E o terceiro, segurando uma perna dianteira, disse: “É solido e firme, como uma coluna”.
Aparentemente é assim que encaramos a embalagem dentro das empresas, cada área olhando unicamente para seus desejos e necessidades, algumas querendo que a mesma seja exclusiva para o produto, com milhões de cores e informações, outras querendo o mais padronizado possível e assim por diante. Enfim, todos sem chegar a um termo comum, só pensando nos benefícios próprios e do setor, sem analisar os resultados para o sistema, ou seja, a empresa.
Muitas vezes, uma situação ótima para uma determinada área está provocando desgastes tão grandes em outra, que a empresa acaba prejudicada como um todo.
E como resolver isso?
Não existe uma fórmula mágica ou solução única. A solução ideal dependerá de cada empresa, suas políticas e necessidades.
Algumas ideias possíveis são:
- Definir um profissional de embalagem, responsável por conciliar o desejo de cada área/setor obtendo a melhor solução como um todo.
- Criar um comitê multidisciplinar com os membros das diversas áreas envolvidas e que tenha a função de achar a melhor solução para todos.
- Contratar um profissional terceirizado e não ligado a nenhum fornecedor, isento e com experiente em vários materiais e sistemas de embalagem.
- Um misto de cada solução acima, ou ainda uma alternativa que seja mais adequada ao perfil da empresa.
Resumindo, cada caso é um caso e a solução também o será.
Na próxima parte falaremos um pouco das formas de redução de custos de embalagens nas empresas.
Veja mais um pouco sobre embalagem no site www.topdeembalagem.com.br